terça-feira, fevereiro 22, 2005

Confiar...

Recebi uma carta, e não posso dizer que fico feliz em dizer o que segue. Mas já demorei demais.
Há quase um ano, ganhei um amigo. Não apenas um amigo, alguém que sentia algo muito ppróximo do que eu sentia, do que eu sinto. A diferença é que ele era, e ainda é, mais forte. Ele sempre foi aberto, eu fechado. Ele falava tudo, eu não dizia nada. Continuo não dizendo. Digo as mesmas coisas de antes, porém elas não parecem mais satisfazer. Parece que eu não posso mudar. Não posso passar a ser feliz, pois para isso abandonei um pouco de meu eu antigo, que se matava. Um pouco, não ele todo, apenas o bastante pra me fazer feliz. Mas parece que ele não aceita minha felicidade.
Claro, não sou feliz 100% do tempo. Nenhuma pessoa é. Isso é impossível. Mas é possível ser feliz e infeliz em proporções inconstantes ou constantes, e estou numa fase inconstante. Posso tanto passar 23 horas e 50 minutos de um dia sendo feliz, e o resto triste, quanto posso fazer o contrário. Depende. Porém isso tem um revés. Não acreditam mais em mim, quando digo que estou bem. Só porque hoje aparento mais a tristeza que me assola, não significa que ela seja maior. Não tenho motivos para estar mais triste do que feliz. Mas ninguém acredita nisso. Diz que me conhece, mas isso é verdade? Então olhe dentro dos meus olhos e veja que há felicidade ali. Claro que há tristeza, já dei o motivo. Mas há também felicidade.

Estamos nos afastando por falta de confiança. E você sabe que não vou ligar, porque não ligo pra conversar. Mas há exceções.

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