Imagina que ele bate na porta. Você manda pela terceira vez que ele entre, mas ele não o faz – entro eu. Te olho, sentada à mesa com um livro no colo. Te quero, desejo.
Sem desviar o olhar, fecho a porta atrás de mim. Ouço o barulho do trinco, da chave girando, sinto a pelúcia do unicórnio e lembro de nossas histórias.
Enquanto você põe o livro na mesa ando em sua direção. Pego sua mão e te ajudo a levantar-se. Te abraço; sinto seu cheiro que me excita – seu pescoço tão perto, uma mordida: leve gemido de prazer. Suas mãos procuram minhas costas; unhas raspando em minha pele me fazendo estremecer. As minhas descem contornando suas curvas até sua bunda, acariciando apertando com sedução, paixão, tesão.
Te encosto na parede, nossas línguas em chamas numa luta por espaço na boca alheia, mas que já faz parte da sua própria. Te viro de costas outra mordida no pescoço, mais intensa, e outra e meus braços te envolvem; sinto a cintura perfeita, a costura da calcinha uma carícia tentadora.
Por baixo do vestido azul sobe um toque que te queima em calafrios, acaricia sua pele na ternura de uma paixão que promete ser eterna. Uma das mãos escapa de debaixo do azul e corre por um braço nú até alcançar sua igual: entrelaçam-se as mãos amantes, apaixonadas.
Debaixo do vestido continuo subindo: sentir o calor de seu seio, desnudo do sutiã; o seu corpo tremendo ao toque dos meus dedos.
--- Uma selvageria de dentes garras agarrões se desenvolve; uma guerra de calafrios sentimentos gemidos beijos afagos carícias mordidas apaixonadas.