À trêmula luz das velas os cabelos ruivos, fogo de palha, soltos sobre a face da moça. Serena.. o toque do nylon úmido, tin-tilintar das gotas lá fora nos ramos da mata fechada, sinfonia de cigarras e coral de lobos em gracejo à noite. O traçar das linhas da meia sombra nas curvas dos seios cintura quadril coxa e por entre as pernas, dedos curiosos outros entrelaçados nos fogos-fios incandescentes. Um toque leve na nuca, calor nos lábios e escuridão, apenas uma lembrança da luz trêmula. Tempo. Tudo. Nada. Amor e ódio. Uivos para a lua, guerra, paz e uma gota de suor quente na base dos seios no tecido úmido do lençol. Tocando outros seios num corpo só entrelaçado, carícias trocadas de leve pelas pernas.
Serenas, nuas nos fios do lençol neve, branco, alvo, uma gota, avermelhado, outra, mais uma, maior e a mancha de sangue vivo. Inocência morta, paixão em fogo vivo, renascimento em outra mente corpo mundo.
Ela nunca mais será, nem quer ser, a mesma.
Que o fogo da vida a consuma.
Serenas, nuas nos fios do lençol neve, branco, alvo, uma gota, avermelhado, outra, mais uma, maior e a mancha de sangue vivo. Inocência morta, paixão em fogo vivo, renascimento em outra mente corpo mundo.
Ela nunca mais será, nem quer ser, a mesma.
Que o fogo da vida a consuma.